O mercado de criptomoedas subiu na terça-feira, mas o Índice de Medo e Ganância do CoinMarketCap se manteve estável em 44, situando-se entre o medo e a neutralidade. Isso indica que muitos traders permanecem cautelosos, aguardando uma confirmação mais clara antes de retornar ao mercado.
Investidores experientes, no entanto, costumam ver essa cautela como um sinal de um potencial de valorização significativo no futuro. Grande parte do foco agora está no Ethereum, já que o papel do ETH como a maior altcoin frequentemente sinaliza o próximo movimento do mercado em geral.
Se o Ethereum se tornar otimista e parecer que ultrapassará US$ 5.000 nas próximas semanas ou meses, isso poderá marcar um retorno do impulso para as altcoins, com capital fluindo para tokens de maior risco. Essa perspectiva já está levando alguns traders a investir em projetos de pequena capitalização com maior potencial de crescimento, como o Bitcoin Hyper (HYPER), que já arrecadou quase US$ 15 milhões em sua pré-venda, com entradas diárias de US$ 200 mil a US$ 300 mil.
Touros mirando US$ 9.000
As previsões atuais para o ETH são apoiadas pela crescente adoção institucional. A estratégia de acumulação contínua da BitMine está sendo comparada ao manual do Bitcoin de Michael Saylor, reforçando a pressão da demanda. Combinados com a maior atividade on-chain e a mecânica deflacionária do token Ethereum, os fundamentos estão se inclinando para a alta. O ETH também atingiu um recorde de US$ 9 bilhões em entradas de stablecoin ontem, outro indicador de participação institucional.
O CryptoElites destacou que o Ethereum finalmente rompeu uma importante resistência de longo prazo, chamando-o de "cenário clássico de rompimento e reteste". Com base nisso, os analistas veem um caminho rumo a US$ 5.000 e possivelmente US$ 9.000 em 2025 — mais que o dobro dos níveis atuais abaixo de US$ 4.300. Donald Dean repetiu isso, citando um rompimento em cunha descendente com alvos em US$ 5.766, US$ 6.658 e US$ 9.547, apoiado pelo acúmulo de volume na prateleira.
A US$ 9.000, o valor de mercado do ETH aumentaria em cerca de US$ 500 bilhões, impulsionando a rotação de capital para altcoins menores. Espera-se que projetos como o HYPER obtenham ganhos expressivos se esse cenário se concretizar.
ETH/USD ganhando impulso acima de US$ 4.600
O Ethereum continuou sua alta em setembro, estabilizando-se perto de US$ 4.639, após se valorizar mais de 13% em relação à mínima de US$ 4.070. O valor de mercado agora gira em torno de US$ 560 bilhões, com US$ 27,9 bilhões em volumes diários — sinalizando forte convicção tanto de players do varejo quanto institucionais.
Os fluxos institucionais estão sendo ainda mais impulsionados pelos ETFs de ETH à vista dos EUA. Desde o lançamento, eles atraíram US$ 11 bilhões, com o iShares Ethereum da BlackRock liderando o caminho. O acúmulo de baleias também é notável: carteiras com 10 mil a 100 mil ETH adicionaram 6 milhões de tokens durante o verão, elevando o total de ativos para 20,6 milhões de ETH.
Os saldos das exchanges caíram para 18,8 milhões de ETH — o menor nível desde 2016 — enquanto os ETH em stake atingiram o recorde de 36,2 milhões. Essa restrição de oferta está amplificando as reações dos preços à nova demanda.
Tecnicamente, o par ETH/USD está sendo negociado em um canal ascendente, confirmado por um rompimento acima de US$ 4.450 e fortes candles de engolfo de alta. Os principais suportes estão em US$ 4.550 e US$ 4.425 (alinhados com a média móvel simples de 50 dias), enquanto a resistência se concentra em torno de US$ 4.760, US$ 4.945 e US$ 5.135. O RSI está caindo de 69 para 60, indicando uma consolidação saudável sem rompimento da estrutura.
A força da rede apoia a recuperação
Os fundamentos da rede Ethereum permanecem robustos: transações diárias atingiram 1,7 milhão, endereços ativos estão em 800 mil e as chamadas de contratos inteligentes ultrapassaram 12 milhões por dia em agosto. Os volumes de negociação também subiram 12,3%, para US$ 43,4 bilhões em 24 horas, com o Volume em Balanço mostrando acúmulo antes da alta.
Perspectiva de longo prazo: US$ 15 mil em jogo?
Se o ETH garantir um rompimento decisivo acima de US$ 5.000, analistas sugerem que isso poderá abrir caminho para uma meta de longo prazo próxima a US$ 15.000, impulsionada pela demanda por ETFs, adoção de tesouraria corporativa e escalonamento da Camada 2.
A maioria dos índices de ações dos EUA subiu no início das negociações de terça-feira, com o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 atingindo novos recordes, enquanto os investidores aguardavam os comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Vários outros funcionários do Fed também devem fazer comentários importantes hoje, enquanto Powell deve falar mais tarde durante um almoço oferecido pela Câmara de Comércio de Greater Providence, em Rhode Island.
Em termos de desempenho comercial, o Dow Jones Industrial Average subiu 0,6% (302 pontos) às 15h13 GMT, atingindo 46.688. O índice S&P 500, mais amplo, avançou 0,1% (3 pontos), para 6.696, enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,2% (53 pontos), para 22.735.
Os preços do níquel caíram na terça-feira, com o dólar americano subindo em relação à maioria das principais moedas, enquanto fundos de investimento continuaram apostando que o metal industrial pode ter atingido o fundo do poço.
É difícil acreditar que o níquel tenha subido tanto que quase causou o colapso da Bolsa de Metais de Londres (LME) há apenas dois anos. No entanto, durante a maior parte deste ano, o mercado da LME oscilou lentamente em direção às mínimas dos últimos cinco anos, oscilando em torno de US$ 15.000 por tonelada métrica.
O níquel, utilizado na produção de aço inoxidável e em baterias de veículos elétricos, está sob pressão devido a um enorme excesso de oferta, impulsionado pelo crescimento da produção na Indonésia. Relatórios diários de estoques da LME reforçam essa situação, com estoques registrados e não registrados aumentando de forma constante para 308.000 toneladas — o maior nível desde que a bolsa começou a publicar dados off-warrant no início de 2020.
Fundos se tornam otimistas apesar dos sinais fracos do mercado
Os fundos apostaram contra o níquel no ano passado, mantendo posições vendidas líquidas até junho. Embora muitos investidores permaneçam pessimistas, as posições compradas vêm se acumulando desde meados de abril. Os contratos comprados líquidos agora estão em 45.321 — equivalente a 272.000 toneladas — a posição mais otimista desde março de 2022, quando os preços do níquel dispararam tão violentamente que a LME suspendeu as negociações.
Ainda assim, os contratos futuros de níquel de três meses na LME estão estagnados entre US$ 14.800 e US$ 16.000 desde maio, oferecendo pouco impulso. A perspectiva otimista parece se basear na lógica coletiva de que, se o níquel não puder cair mais, ele eventualmente precisará se recuperar.
O boom da oferta na Indonésia pressiona o mercado
O aumento repentino na produção da Indonésia inundou os armazéns da LME. O níquel de origem chinesa nos estoques da LME aumentou de zero em agosto de 2023 para 65% no final do mês passado, impulsionado pelos embarques de minério indonésio refinado em intermediários e enviado à China para processamento adicional. O níquel de marca indonésia também começou a entrar diretamente no sistema no ano passado, com 8.838 toneladas registradas em agosto.
Considerando os aumentos quase diários nos estoques, a resiliência dos preços do níquel é impressionante, levando alguns investidores a acreditarem que o metal pode ter encontrado um piso próximo aos custos de produção.
A Indonésia pode controlar a produção?
Qualquer recuperação sustentada dos preços depende, em grande parte, de a Indonésia conseguir conter a produção desenfreada. A maioria dos outros produtores foi forçada a sair, com cerca de meio milhão de toneladas de oferta saindo do mercado nos últimos anos, segundo analistas da Macquarie. Em contraste, a produção da Indonésia continua a crescer, aumentando 21% em relação ao ano anterior, para 1,3 milhão de toneladas no primeiro semestre de 2025, ou 69% da produção global.
Surgem sinais de regulamentação mais rigorosa, incluindo forças-tarefa governamentais confiscando terras de mineração sem licenças florestais. A ferramenta mais forte continua sendo as cotas de produção mineira, com Jacarta planejando restabelecer os limites anuais no próximo ano para melhorar a governança e equilibrar a oferta.
Enquanto isso, a disponibilidade de minério tem sido limitada por atrasos em licenças, mau tempo e declínio nas qualidades, o que levou a Indonésia a importar volumes pequenos, porém constantes, das Filipinas desde o início de 2024. Se o governo vai apertar ainda mais as restrições, isso decidirá as perspectivas — e os otimistas do níquel só podem torcer para que isso aconteça.
Em outros lugares, o índice do dólar americano subiu 0,1%, para 97,4, às 14h56 GMT, atingindo uma máxima de 97,4 e uma mínima de 97,2. Os preços do níquel à vista caíram 1,1%, para US$ 15.182 por tonelada, às 15h07 GMT.
O Bitcoin foi negociado praticamente estável na terça-feira, mas ampliou as perdas após uma queda massiva de US$ 1,5 bilhão no mercado de derivativos digitais durante a sessão anterior, enquanto os traders se preparavam para uma volatilidade maior antes de um dos maiores vencimentos de opções da história do mercado.
Os investidores também estavam aguardando o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no final do dia, que poderia oferecer novos sinais sobre a direção da política monetária após o corte da taxa na semana passada.
Na última verificação, a maior criptomoeda do mundo caiu 0,1%, para US$ 112.711,6 às 01h55 ET (05h55 GMT), pairando perto da mínima de duas semanas.
Liquidações de US$ 1,5 bilhão… e Powell em foco
O Bitcoin caiu mais de 3% na segunda-feira, rompendo brevemente abaixo de US$ 112.000 antes de reduzir parte de suas perdas. Dados da Coinglass mostraram que cerca de US$ 1,5 bilhão em posições compradas nos mercados de criptomoedas foram liquidadas em um único dia, marcando a maior queda em meses.
Mais de 400.000 traders tiveram suas apostas alavancadas destruídas. O Ether caiu até 9%, enquanto altcoins como o Dogecoin também sofreram quedas acentuadas.
Relatórios indicaram que a liquidação foi alimentada por posições excessivamente alavancadas e liquidez escassa, o que amplificou as oscilações de preço. As perdas foram ainda mais agravadas por traders de opções posicionados para movimentos de mercado desproporcionais.
Grandes opções expiram em breve
O mercado agora prevê um grande vencimento de opções de criptomoedas na sexta-feira. Dados da Deribit sugerem que mais de US$ 23 bilhões em contratos de Bitcoin e Ether estão prestes a expirar, tornando-se um dos maiores eventos desse tipo já registrados.
Política do Fed e dados de inflação em destaque
O Federal Reserve continua sendo o foco central desta semana. O discurso de Powell segue os comentários feitos na segunda-feira pelo governador Stephen Miran, com vários outros membros do Fed também agendados para falar nos próximos dias.
O Fed cortou as taxas de juros em 25 pontos-base na semana passada, enquanto seu "gráfico de pontos" indicou a possibilidade de mais dois cortes este ano. No entanto, as autoridades enfatizaram um tom cauteloso, ressaltando que a inflação permanece acima da meta e que o ritmo da flexibilização dependerá dos dados divulgados.
Os mercados também aguardam a divulgação, na sexta-feira, do índice de preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), o indicador de inflação preferido do Fed.
Alerta silencioso de Pequim sobre tokenização em Hong Kong
Separadamente, a Reuters informou que o regulador de valores mobiliários da China informou informalmente a algumas corretoras do continente que suspendessem as atividades de tokenização de ativos do mundo real (RWA) em Hong Kong, ressaltando as preocupações de Pequim com o rápido crescimento de produtos digitais além de suas fronteiras.
A orientação, emitida nas últimas semanas, teve como objetivo garantir que tais produtos sejam respaldados por empresas genuínas e que as práticas de gerenciamento de risco melhorem.
A tokenização de RWA envolve a conversão de ativos tradicionais, como títulos ou imóveis, em tokens baseados em blockchain. Hong Kong vem promovendo o setor como parte de sua iniciativa para se tornar um polo financeiro digital global, atraindo corretoras chinesas que buscam lançar novos produtos.